08/05/2013

Friends request

Esta semana encontrei no FB a minha melhor amiga dos tempos do colégio. Continua igual ao quer era, o mesmo sorriso, o mesmo corte de cabelo. Pelas fotos vi que tem um filho e trabalha no mesmo que a mãe, tal como sempre dissera que faria.
Outra amiga, da faculdade, encontrou-me a mim no FB. Tornou-se arqueóloga. E eu fiquei triste. Fiquei triste, porque eu também era suposto ter-me tornado paleógrafa, mas a maternidade meteu-se pelo meio e tive de arranjar um salário certo num horário certo.
Ainda me dói cada vez que abro a gaveta com a tese incompleta e os milhares de apontamentos.
Hoje ao almoço, algumas colegas minhas, todas na casa dos 30, conversaram em como querem ter filhos, outras nem pensam nisso. Só eu é que tenho filhos do grupinho do almoço, três ainda por cima, e ainda me debato com a angústia de ter de decidir terminar por aqui ou continuar a parir até aos 40, coisa que as minhas colegas acham um acesso de insanidade temporária.
Não as percebo, eu com a idade delas já tinha dois, e nem por isso os tive muito nova.
Acho que há mulheres que nascem para ser o que sempre quiseram.
Outras, nascem para ter filhos. Como eu.