Pessoalmente, não me incluo nas celebrações deste dia. Não preciso.
Não fui privada de educação pelos meus pais, nem eles me obrigaram a trabalhar quando eu era apenas uma menina. Pelo contrário, sempre disseram que estudar era a minha obrigação e que o meu trabalho era estudar.
Não fui privada de assistência médica, nem de nada que eu precisasse. Aliás, o meu pai sempre disse que eu teria sempre tudo o que eu precisasse, mas para ter o que eu quisesse, teria de trabalhar para isso.
Não fui casada com homem nenhum contra a minha vontade. Antes, casei com o homem que eu escolhi, quando eu assim determinei.
Tive os filhos que eu quis, quando os quis, todo o acesso a métodos contraceptivos e toda a informaçao que eu precisasse para fazer as minhas escolhas de forma autónoma e esclarecida.
Sempre votei em quem eu achei melhor, sem que ninguém me impedisse nem tentasse saber em quem eu voto. As vésperas de eleição são, aliás, dias muito debatidos e acesos cá por casa.
Tive azar nos empregos e fui preterida por ser mulher e por ser mãe. Mas mesmo aí, tive todo o apoio familiar e sindical. Tive, sobretudo, o apoio do meu marido para poder escolher ser o que eu quisesse.
Hoje, sou o que eu quero ser e tenho sonhos para ser mais e melhor. O meu marido acha optimo e ajuda-me. Imenso.
Por isso, o dia internacional da mulher não é para mim. É pena que não seja assim para todas as mulheres do mundo. É pena que ainda seja necessário um dia especial no ano para nos lembrarmos disso.
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