18/04/2009

Parabéns Biscoito!



O Biscoito fez quatro anos.
Fiz-lhe um bolo para levar para a escola, mas correu mal e tive de lhe fazer outro.
Andei a semana toda a comer bolo cor-de-rosa porque o encarnado não se manteve tão encarnado assim. Deitei-me tarde e a desoras, mas valeu a pena. O Biscoito adormeceu de velas na mão.
Escrevi-lhe um postal para ele ler de manhã mas tive o coração apertado o dia todo por não estar em casa quando acordou. Quando o fui buscar, o abraço do costume. Parece que gostou do bolo encarnado e da festinha na escola. Os meninos fizeram-lhe uma coroa de papel colorido a condizer com o bolo.
Eu insisto em fazer o bolo e não levo saquinhos de guloseimas para os meninos. O bolo foi o meu presente para o meu filho. O pai tratou de encontrar o presente de aniversário.
Estou contente, o meu filhote está a ficar um menino grande.

Agora assim um aparte, que me toca especialmente. Não percebo que raio de chip é que se fundiu na cabeça da minha mãe, que de cada vez que vê o miúdo o enche de guloseimas. Não percebo e zanguei-me a sério com a porcaria do saquinho das gomas para ir para a escola, outro saquinho para vir e outro porque sim. Eu, filha rebelde, fico pasma a vê-la entupir a criança com gorduras saturadas e corantes enquanto na minha mão se afunda um pacote com dois biscoitos caseiros e uma maçã. Não percebo com é possível.
Lembrei-me disto porque o bolo da festa em família tinha um batman em posição de quem ia levantar vôo assim que se soprassem as velas. Como o Biscoito queria a cabeça e a capa do batman, a vovó tratou de cortar uma fatia do meio do bolo e o resto da famelga que se amanhasse. Ai de nós se isso tivesse acontecido nas nossas festas com os nossos bolos. Connosco era tudo milimétricamente cortado para não saír da simetria. Quem quisesse alguma coisa especial, tinha de esperar que a faca lá chegasse. Mas neto é neto e o chip fundiu mesmo.

09/04/2009

Estou de férias

Não percebi lá muito bem como, mas estou efectivamente de férias.
Como sempre, passado o fim-de-semana, demorei mais uns dois ou três dias a perceber que não tinha de ir trabalhar. Fiquei meio atarantada, até liguei a uma colega, mas finalmente passou. Ontem senti-me mesmo de férias.
Que fiz eu durante os dias em que os Biscoitos estiveram na escola e eu em casa? Fui às compras, claro, gastar todo o dinheiro que não consegui gastar em três meses de reclusão shoppaholica. Comprei duas blusas, três calças e um par de sapatos de salto para substituir os que a Sutra roeu. Consequi a proeza de não estourar o meu salário todo e tenho finalmente roupa decente para me passear no emprego. Ah, a bela vida de dondoca.
Também me tenho dedicado habilmente à cozinha. Aprimorei o arroz de pato e a salada de massa estava de chorar por mais, um bolo será feito (talvez um victorian spongecacke) e talvez um leite creme com farófias.
Senti-me com tanto tempo que nem sabia por onde começar. Até levei o cão ao veterinário.
Quando estiver mesmo embalada nisto das férias, elas terminam. Claro.