30/04/2013

Mãos na massa

Livros adquiridos na Retrosaria

Fui passear ao Chiado com o marido a fazer de chauffeur e a promessa de um almoço de pataniscas. 
Subi a trote as escadas da Rua do Loreto 61 e fui direita à estante dos livros. Não consegui resistir e no último minuto, juntei mais um livro aos dois há tanto tempo ansiados.
Chegada a casa, sentei-me no chão com os livros novos ao colo. Li as introduções, vi cada uma das imagens com toda a atenção do mundo, maravilhei-me com a delicadeza dos nós, compreendi as instruções,  mas, subitamente, as minhas mãos foram invadidas por um formigueiro avassalador.
Procurei o caderno onde tinha anotado alguns esquemas de barras de um livro antíquissimo que fotocopiei há uns anos atrás e simplesmente comecei a tricotar.
Não sei o que vai saír dali, mas não me importa. Sei que estou a gostar e que me surpreendi por descobrir que a minha forma intuitiva de começar a malha até é nacional e bastante antiga. 
A ver se é desta que os miúdos deixam de brincar com os novelos, para eu começar a investir em linhas de boa qualidade.

Self portrait tuesday

26/04/2013

Such a perfect day

Porque há dias assim, em que a vida nos pisca o olho e mal de nós se não os aproveitássemos. Hoje foi um desses dias.
Há anos que não estávamos os dois um dia inteiro sem filhos, sem qualquer obrigação que não fosse aproveitar o sol e a companhia um do outro.
Praia, sol, almoço na esplanada, um saltinho à sapataria para encontrar os sapatos que tanta falta faziam no guarda-roupa, os filhos à saída da escola e o jantar sem cenas, com os miúdos a discutir pelo último pedaço, em vez de ser a berrar que não querem ou não gostarem.
E agora um filme e deixarmo-nos adormecer no meio das almofadas, sem qualquer preocupação na vida.