18/11/2011

Toque de recolher obrigatório

Um filho com um ataque de asma inexplicável, outro com o pavio incrivelmente curto. Só o mais novo é um come-dorme-paz-d'alma que me faz pensar seriamente em manter a fertilidade cá em casa intacta...
Devaneios maternais aparte, a grande prova de fogo foi ontem - o pai voltou a trabalhar até tarde e a minha mãe teve de ir dar assistência a outra freguesia. Incrivelmente, tudo correu bem. O Biscoito não tinha trabalhos de casa e o jantar estava praticamente feito, ainda consegui jogar ás cartas com o Outro Biscoito e ver um ovo de dragão a chocar no jogo do Biscoito, sempre com o Novo Biscoito acoplado. Meteram-se na cama mais ou menos voluntariamente e ainda contei a história do urso, mas o Biscoito adormeceu a meio da terceira página e o Outro Biscoito ficou na cama a alinhar carrinhos no lençol. O pai entretanto chegou, o Outro Biscoito saltou da cama e em vez de pôr a fralda no Novo Biscoito, ficou a vê-lo fazer xixi no sofá e nas roupas todas à volta.
A minha mãe diz que teu tenho de comandar as tropas como um general implacável, marido inclusive. Relembra-me vezes sem conta o irmão dela, militar e pai de três rapazese uma rapariga, todos tratados como na recruta, criados com panelões de sopa de entulho, favas, feijoada e carne de porco com batatas. Suave mas firme, sempre disse o meu pai. Pois parece que funciona.

14/11/2011

Amamentar

Foi preciso esperar pelo terceiro filho para ver os meus mamilos completamente trucidados. Estão em carne viva. Qualquer coisa se passa, independentemente da posição em que o Novo Biscoito mame, que faz com que um nervo muito específico doa horrores e me faça chorar, de forma que tenho de lhe dar sempre da mesma maminha e deixar a outra encher-se de leite e encaroçar sem ter como a esvaziar decentemente.
Hoje fomos a correr às duas farmácias mais próximas para descobrir que só há mamilos de silicone tamanho small e large e que os tamanhos variam de marca para marca, bem como os preços. Agora estou à espera que o Novo Boscoito acorde para ver se as coisa funciona. Espero que sim, senão tenho aqui um problema sério...
Para adicionar à festa, o Biscoito está com uma tosse de cão e ficou o dia em casa a vomitar.

08/11/2011

O João nasceu e é lindo!

Mais um biscoitinho absolutamente perfeito na família.

Agora que a família está mesmo completa (está, não está?) e os pesarosos meses da gravidez passaram definitivamente, voltámos para casa. Preciso de me adaptar rapidamente a esta nova rotina e tentar funcionar o melhor possível com um défice de sono impressionante.
Os miudos e sobretudo o marido precisam de entender que a mãe está de volta e que já se consegue mexer. O regime autoritário tem de voltar a ser instaurado, para bem de todos. Miúdos a deitarem-se depois das onze em dias de aulas, gingajogas electrónicas em regime aberto, desenhos animados a toda a hora e trabalhos de casa por terminar, rapazes, isso já era. A anarquia é boa ao fim de semana, durante a semana a sociedade espera mais de nós.
O anúncio da transição para o regime anterior não foi pacífico. Foi violento mesmo. Chorou-se muito, mas felizmente o final foi até feliz. Devia ter tomado um analgésico assim que me comecei a enervar, coisa que só consegui fazer esta manhã. As dores dão cabo de mim. Se no hospital, só queria vir para casa, agora só me apetece voltar. O meu pai chamou a este estado de espírito baby blues, eu chamei-lhe dar de frente com a bagunça total em que o meu querido marido tem vivido no último mês. Depois receitou-me um analgésico antes de desligar e me desejar boa sorte.
Isto não vai ser fácil.