23/03/2011

Selvagens

Diz quem não sabe do que fala que eu estou a criar dois selvagens mal-educados, uns horrores.
Digo eu que sei muito bem, que os Biscoitos são uns selvagens sim senhora e que assim os criei e continuarei a criar.  Uns selvagens que vestem o que querem e andam nus pela casa, comem o que querem à hora que querem, dormem na cama que querem e acham que eu sou muito quentinha, se penduram em mim e nos outros até conseguirem o que querem e berram pela janela para quem os quiser ouvir. Uns selvagens.
Digo eu também que estes selvagens dizem por favor e obrigado, com licença se querem passar e perdão quando arrotam, pedem desculpa e despedem-se com passou-bens e beijinhos consoante o interlocutor. Estes selvagens atiram-se à mãe ou ao pai com beijos e abraços sem razão aparente, choram de saudades dos avós e dão comida e àgua à Sutra e pedem licença para se levantar da mesa e levam o prato para a cozinha.
A boa-educação entranha-se de pequenino.

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