02/12/2011

O Tannenbaum (ó àrvore de Natal)


A àrvore de Natal mais bonita do mundo era a da mãe da minha madrasta, um pinheiro verdadeiro decorado com bolas e pássaros de vidro colorido, corações gigantes de bolacha de gengibre e velas a sério. Mais para o fim da noite, um dos corações de gengibre seria para mim.
Eu sempre sonhei ter uma àrvore de Natal grande e com ramos farfalhudos, ao contrário das minúsculas que sempre tive por as casas serem tão pequenas. Talvez por eu estar quase a parir o terceiro e último filho, o meu homem aceitou e lá me trouxe uma àrvore de Natal tal como eu pedira, com pinhas e tudo. Pois foi neste feriado que montámos o bicho (mais uma tradição para a lista).
O Biscoito veio ter comigo ao quarto a perguntar quando é que montávamos a àrvore de Natal umas duas ou três vezes. Ainda o ouvi aos pinotes pelo corredor fora, mas adormeci com o Novo Biscoito acoplado, os dois abraçados debaixo do edredon de penas. Quando finalmente me consegui levantar para ir buscar um café à cozinha, fui obrigada a saltar-pocinhas pelos ramos de pinheiro amontoados pelo chão da sala. Confesso que sorri ao ver dois piolhos  biscoitos elétricos aos saltos a ajudar um pai meio zombie a montar os ramos nos sítios certos. Depois os rapazes caíram para o lado e aí entrei eu em cena.
Fiquei com uma tendinite de tanto esticar o braço para pendurar decorações, mas valeu bem a pena. Está quase perfeita e é mesmo a àrvore de Natal mais bonita que alguma vez tivémos.

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