13/09/2012

Piolhices

Duas semanas depois e umas grandes olheiras (não estão assim tão grandes), o Novo Biscoito até gosta das educadoras, mas chora que se farta. Fico com o meu coração apertadinho de nervos de o deixar um dia inteiro ao colo de uma senhora que eu não conheço de lado nenhum (mentira, conheço-à oito anos). Era de esperar que fosse cada vez mais fácil, mas a verdade é que é tão mau quanto da primeira vez que vemos o nosso menino agarrar-se a nós e aos nossos cabelos numa gritaria infernal enquanto a tal senhora de bata aos quadradinhos o tenta convencer a ir antes para o colo dela.
Ai que o meu coração pára só de pensar nisso...
 
Mais impressionante ainda é termos tido a primeira infestação de piolhos cá em casa. Como a última vez que eu vira um piolho à frente fora lá para 1986, eu bem que estranhava o miudo andar a coçar a cabeça, mas olhava olhava e não via nada. E como pensámos em tique nervoso, psoríase ou uma reação alérgica a qualquer coisa, marcámos uma consulta para o mais velho, não fosse o miúdo ter um ataque de asma já ali. Piolhos e um riso de troça da médica por uma mãe de três rapazes não perceber logo mal olhasse para o couro cabeludo da cria.
A correr à farmácia comprar o quitoso do costume, mas quitoso não havia, havia este mas era muito caro, por isso obriguei a farmacêutica a tirar tudo da gaveta e escolhi este, que não é mais que o genérico do muito caro. E agora que o mais velho está sem piolhos, a avó ligou-me a perguntar que loção milagrosa comprara eu, que o do meio também estava cheio de comichões. Só de pensar nisso quem fica cheia de comichões sou eu.
 
 

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