18/11/2012

Para o Natal, de presente, eu quero...

Porque os escuteiros vão à missa ao sábado à tarde, nós vamos à missa ao sábado à tarde. Ontem o sermão foi sobre o fim do mundo. Concluiu-se que não precisamos de temer o fim do mundo. Se houver um cataclismo, é pouco provável que consigamos sobrevivê-lo. Para tudo o resto, havemos de nos desenvencilhar. Haja fé em Deus e no Homem, porque quem ganha é a Natureza.

Por causa disso mesmo, temos andado a preparar-nos para a falta de água e electricidade. As notícias sobre o furacão Sandy foram, no mínimo, esclarecedoras. Filas enormes na bomba de gasolina, gente sem água em casa, as prateleiras dos supermercados vazias.

Ontem, o tornado no Algarve pôs-me os pelinhos da nuca em pé - e se fosse aqui? Que faríamos nós para dar de comer aos nossos três filhos? Seríamos capazes de assaltar a mercearia e a farmácia? Teríamos água nas torneiras? Teríamos electricidade? Teríamos comida suficiente? Fraldas suficientes? E como faríamos para puxar o autoclismo sem gastar água?

No caminho de volta para casa, eu pedi de presente de Natal um bidão de 250 litros para armazenar água, e o Biscoito uma faca de mato. Acho que estamos mais preparados do que pensámos.

Agora com licença, que tenho de ir ao supermercado comprar dose dupla de enlatados.


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