12/10/2007

Tcham tcham tcham tcham



Para dia 22, o Almanaque Borda d'Àgua anunciava um dia auspicioso. A entrada do sol no signo balança (equinócio do outono) traria harmonia e equilíbrio. Pareceu-me perfeito.

Depois de uma semana e uma manhã a contra-relógio, a tarde foi calma e feliz. O Biscoito não fez nenhum escândalo e os meus pais sorriam. Toda a gente sorria. Os meus dois pais levaram-me ao altar. Sobrevivemos ao sermão do padre - do qual retive apenas os milhares de vezes que foi proferida a palavra amor - e aos murmúrios do rápido, rápido, que o baptizado das quatro e meia já está à espera; atiraram-nos uma chuva de arroz e pétalas e muitos beijos e eu não andava, pairava. É fabuloso estar rodeado de todos aqules que nos são queridos e, sobretudo, ter os meus pais e irmãos todos juntos pela primeira vez. O meu coração transbordava e eu estava feliz.



O bolo de noiva era de amêndoa a sério (nada de pão-de-ló seco e ultra doce) tinha dois andares e cobertura de merengue. Foi servido à sobremesa e só sobrou uma fatia. Os noivos "do topo do bolo" foram feitos especialmente para nós pelos Irmãos Ginja. São uma belíssima recordação do meu dia perfeito, bem mais valiosos do que aqueles bonequinhos horrorosos que se vendem por todo o lado e custam balúrdios. Adoro-os. Hei-de lhes encomendar um São Francisco e uma Nossa Senhora do Ó.
Obrigada, Luís por os teres trazido até Lisboa.

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