04/06/2008

Le charme discret de la bourgeoisie

(falta aqui a foto)
Fomos ao Planetário no sábado com o Bias e o Biscoito.
Há qualquer coisa de tremendamente burguês em celebrar datas importantes na véspera. Como a Consoada ou o Santo António. Ainda bem que fomos no sábado, senão domingo tínhamos decerto tropeçado na selecção nacional e não haveríamos de ter conseguido mesa para lanchar.
Há também qualquer coisa de tremendamente burguês em comer ao balcão, nos snack-bares tão seventies que teimam em manter a ementa cavalar e doze omeletes diferentes só na lista dos pratos ligeiros, porque na lista dos pratos fortes há outras tantas.
Há qualquer coisa de tremendamente burguês em jantar depois das dez da noite, mesmo que os preços sejam inflaccionados, em beber uma cerveja sem àlcool gelada e descobrir que a minha barriga de muito grávida cabe à justa no espaço entre o banco giratório e o balcão.
Há qualquer coisa de tremendamente burguês em aproveitar o facto de o Biscoito estar a dormir em casa dos avós para passearmos de mão dada pelas avenidas novas até quase à meia noite e depois dormir até mais tarde.
Tenho saudades do tempo em que era só eu. Mas só de vez em quando.

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