05/03/2013

Os meus filhos são uns selvagens

Segunda-feira ao principio da noite, a chamada "hora da loucurinha cósmica" cá em casa. 
Estamos todos em casa e o pai decide ir passear o cão. Eu pego no Novo Biscoito para o ir deitar e deixo os dois Biscoitos mais velhos na cozinha, sentados à mesa a começar a jantar.
Ponho o novo Biscoito na caminha de grades e começo a despi-lo para lhe mudar a fralda. Viro-me por um milésimo de segundo para alacançar a fralda nova e ele começa a rir-se - está a fazer chichi por cima de tudo o que a cama tem, a saber, um edredão, uma almofada, um cobertor e três peluches, mais a fralda suja e as calças. Pego no Novo Biscoito e coloco-o no chão, tiro tudo se cima da cama numa grande trouxa de roupa cheia de chichi, mais a fralda e o João, que era suposto estar ao meu lado, afinal está na sala a chorar. Corro para ver o que se passa (que o choro era de aflição) e tropeço no carrinho que o Outro Biscoito deixou estacionado mesmo à frente da porta. Estatelo-me em grande estilo no chão, mais a trouxa de roupa cheia de chichi e a fralda suja, mas ainda consigo ver que o motivo do choro é o Outro Biscoito a puxar o Novo Biscoito por uma perna, enquanto este tenta desesperadamente manter-se em cima do sofá. Nesse preciso instante, o Biscoito que ficou sentado à mesa a jantar, cai do banco (como raio é que uma pessoa tropeça sentada isso é que eu não sei) e leva o prato com o jantar e tudo o que consegue alcaçar atrás, jantar, loiça, copos de àgua, tudo espalhado no chão numa confusão de ervilhas e cacos. Fecho-me no quarto a chorar até o marido chegar e me dizer que vai ficar tudo bem. 

Passei o resto da noite a afogar as mágoas ao longo de duas horas de Clive Owen e Til Schweiger em versão alta idade média (muito sexy, por sinal).


Sem comentários: